Maturidade
A
primeira chave que garante a felicidade no casamento é a maturidade.
No campo emocional esta chave poderá ser melhor definida como
altruísmo. Os bebês e as crianças são egoístas - por isso
referimo-nos a eles como imaturos. Quando uma criança tem um acesso
de raiva em um supermercado, atirando-se ao chão, gritando e batendo
os pés, porque não pode fazer o que quer, revela seu egoísmo e
imaturidade.
Se
a mesma criança não for disciplinada adequadamente, chegará à
idade de casar-se tão imatura que irá querer tudo a seu modo,
praticamente em todas as situações. Tal atitude, muito sutil e
difícil de ser reconhecida pela pessoa imatura, é desastrosa para o
casamento.
O
período de ajustamento no matrimônio, considerado geralmente como
os três primeiros anos, produzirá, naturalmente, conflitos de
interesse. Nos primeiros vinte e poucos anos de vida, as pessoas
funcionam como engrenagens independentes. Tomam decisões puramente
na base do que querem ou do que é bom para elas. Após o casamento,
dois indivíduos independentes devem aprender a viver juntos. Uma vez
que ambos são objetos móveis, e todo movimento causa atrito,
haverá, inevitavelmente, atritos, agora que estão aprendendo a se
movimentar juntos como uma unidade.
Essa
fricção é ilustrada pela antiga transmissão de um carro.
Enquanto ele estiver com o motor parado, você pode mover a alavanca
do câmbio, movimentar as diversas engrenagens sem problemas. Uma vez
em movimento, é um caso bem diferente. Não é difícil ouvir essas
engrenagens em movimento "arranhar", quando a marcha é
mudada, no esforço para aumentar a velocidade. Os fabricantes de
automóveis resolveram esse problema há poucos anos, instalando a
engrenagem sincronizada. Essa engrenagem possibilitou unir duas ou
mais engrenagens em movimento, ao mesmo tempo, sem "arranhar".
A
engrenagem sincronizada no casamento, é o altruísmo. Se duas
pessoas maturas se unem pelos laços do casamento, seu espírito de
despreendimento fará com que se ajustem com muita facilidade. Se são
imaturas e egoístas, seus primeiros anos de casamento serão
repletos de "arranhados barulhentos".
O
casamento consiste de uma série de ações e reações motivada pelo
nosso consciente e subconsciente. Quanto mais ativa for a pessoa,
mais áreas de conflito em potencial podem ser esperadas. O conflito,
porém, não precisa ser inevitável. De fato, alguns psicólogos
acreditam que os conflitos são normais e podem dar ao casamento uma
força criativa. O Dr. Alfred B. Messer, na Convenção Americana de
Psiquiatria, em outubro de 1966, disse: "Uma animada rusga é
boa para a maioria dos casamentos. . . Discussões são inevitáveis
num casamento, e provavelmente oferecem uma das melhores formas de
resolver problemas delicados. Quando a maior parte das frustrações
já foi contada ou descarregada, de alguma maneira sofredora, a luta
pode terminar. Aqueles casamentos que existem sem qualquer tipo de
briga, geralmente são frios ou inflexíveis, nos quais outros
aspectos do relacionamento são comprometidos, a fim de ser mantida a
fachada de "paz e harmonia".
Ainda
que alguns conflitos sejam inevitáveis entre dois seres humanos
normais, a briga não é necessariamente a resposta. Pela graça de
Deus, duas pessoas maturas podem encarar suas áreas de conflito,
discuti-las e resolvê-las pela obediência aos ensinos da Palavra de
Deus.
Não
caia no hábito de esconder seus problemas sob o tapete. Encare-os e
resolva-os no ESPIRITO. Na realidade, não há nada errado em marido
e mulher terem um conflito de interesses. Na verdade, cada caso é um
teste de maturidade. O cônjuge que exigir "seu próprio
caminho", estará enveredando para uma colisão que trará muita
infelicidade para ambos.
(CASADOS... MAS
FELIZES - TIM LaHAYE)
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