POR QUE SOFREMOS? JESUS RESPONDE!
…........experimente a Cura através do Amor resgatador e regenerador de Jesus Cristo.
segunda-feira, 9 de dezembro de 2019
sexta-feira, 6 de novembro de 2015
Misericórdia na Vergonha
MISERICÓRDIA
PARA OS DIAS DE VERGONHA
O
LADRÃO VÊ. PAREDES SUJAS E UM CHÃO ENCARDIDO. A LUZ DO Sol
racionada se comprimindo por entre rachaduras. A cela na prisão é
escura. Os dias dele, mais ainda. Ratos se escondem apressadamente em
buracos nos cantos. Se pudesse, ele faria o mesmo.
O
ladrão ouve. Pés de soldados se arrastando. A porta da prisão se
abrindo com um estrondo. Um guarda com a compaixão de uma viúva
negra.
—
Levante-se!
Sua hora chegou!
O
ladrão vê. Rostos desafiadores, lado a lado, ao longo de um caminho
de pedras. Homens cuspindo, revoltados, mulheres virando a cara.
Enquanto o ladrão sobe ao cimo da montanha, um soldado o puxa para
baixo. Outro pressiona seu antebraço contra uma tora e o segura com
um joelho. Ele vê o soldado pegar a marreta e um prego grande.
-
O ladrão ouve. Batidas. Batidas do martelo que ressoam na cabeça.
-
Batidas do coração. Os soldados bulam enquanto levantam a cruz. A base faz um estampido ao ser encaixada no buraco.
-
O ladrão sente. Dor. De tirar o fôlego, de parar o coração. Todas as suas fibras pegando fogo.
-
O ladrão ouve. Grunhidos. Gemidos guturais. Morte. Nada mais. A morte dele mesmo. Gólgota — que quer dizer lugar da Caveira, o monte onde Jesus foi crucificado — toca essa morte como um acorde menor.
-
Nada de canções de esperança. Nada de sonetos de vida. Apenas os acordes dissonantes da morte.
-
Dor. Morte. Ele as vê; ele as ouve. Mas, a seguir, o ladrão vê e ouve outra coisa:
—
Pai,
perdoa-lhes, pois não sabem o que estão fazendo (Lucas 23:34).
Uma
flauta soa alegremente no campo de batalha. Uma nuvem de chuva
encobre o sol do deserto. Uma rosa desabrocha no monte da morte.
Jesus
ora em uma cruz romana.
Eis
como o ladrão reage. Zombaria. "Igualmente o insultavam os
ladrões que haviam sido crucificados com ele" (Mateus 27:44).
Tendo
sido ferido, o ladrão fere. Tendo sido machucado, o ladrão machuca.
Até no Gólgota há alguma hierarquia, e esse ladrão se recusa a
ficar no degrau de baixo. Ele se une aos zomba-dores, que dizem:
—
Salvou
os outros, mas não é capaz de salvar a si mesmo! E é o rei de
Israel! Desça agora da cruz, e creremos nele. Ele confiou em Deus.
Que Deus o salve agora, se dele tem compaixão, pois disse: "Sou
o Filho de Deus!" (Mateus 27:42,43).
Mas
Jesus se recusa a retaliar. O ladrão, pela primeira vez naquele dia
(pela primeira vez em quantos dias?), vê bondade. Não olhares
arremetedores nem palavras amaldiçoadoras, mas paciência.
O
ladrão se comove. Ele pára de zombar do Cristo e tenta fazer os
outros pararem também:
—
Nós
estamos sendo punidos com justiça, porque estamos recebendo o que os
nossos atos merecem. — Ele confessa ao criminoso na outra cruz. —
Mas este homem não cometeu nenhum mal (Lucas 23:41).
O
ladrão sente que está ao lado de um homem enviado pelos céus e faz
um pedido:
—
Jesus,
lembra-te de mim quando entrares no teu Reino (Lucas 23:42).
E
Jesus, cujo trabalho envolve aceitar imigrantes ilegais e levá-los
para seu Salão Oval, responde:
—
Eu
lhe garanto: Hoje você estará comigo no paraíso (Lucas 23:43).
E
o mau dia do ladrão encontra a dádiva graciosa de um Deus
misericordioso.
O
que o ladrão vê agora? Ele vê um filho confiar sua mãe a um amigo
e honrar seu amigo com sua mãe (João 19:26, 27). Ele vê o Deus que
escreveu um livro sobre graça. Deus que convenceu Adão e Eva a sair
detrás dos arbustos e um sanguinário Moisés a sair do deserto. O
Deus que reservou um lugar para Davi, embora Davi tenha cometido
adultério com Bate-Seba. O Deus que não desistiu de Elias, embora
Elias tivesse desistido de Deus. Isso é o que o ladrão vê.
O
que ele ouve? Ele ouve o que Moisés ouviu quando era um fugitivo no
deserto, o que Elias ouviu quando estava deprimido no deserto, o que
o Davi ouviu depois de seu adultério com Bate-Seba. Ele ouve o
que...
-
um Pedro inconstante ouviu após o galo cantar,
-
os discípulos atirados pela tempestade ouviram após o vento parar,
-
a mulher que traía o marido ouviu depois que os homens foram embora,
-
a samaritana que se casou várias vezes ouviu antes de os discípulos chegarem,
-
o endurecido Saul ouviu depois que a luz brilhou,
-
o paraplégico ouviu quando seus amigos o passaram pela abertura no telhado,
-
o cego ouviu quando Jesus o encontrou na rua,
-
os discípulos logo ouviriam de Jesus na praia um dia de manhã cedo.
Ele
ouve a língua oficial de Cristo:
-
Graça. Imerecida. Inesperada.
-
Graça. Jesus lhe respondeu:
"Eu
lhe garanto: Hoje você estará comigo no paraíso'" (Lucas
23:43).
Paraíso.
O céu intermediário. A casa dos justos até o retorno de Cristo. A
árvore da vida está lá. Os santos estão lá. Deus está lá. E
agora o ladrão, que começou o dia em uma prisão romana, estará
lá. Com Jesus. Não há entrada pelos fundos. Não há chegadas
tarde da noite. No paraíso não existe noite nem cidadãos de
segunda classe. O ladrão passa pelos portões pisando no tapete
vermelho de Jesus.
Hoje.
Imediatamente. Sem se purificar no Purgatório. Sem reabilitação no
Hades. A graça vem como a luz do sol e ilumina o dia sombrio do
ladrão. O monte da execução vira o monte da transfiguração.
Talvez
você precise do mesmo. Os erros de ontem fazem o papel do esquadrão
da morte romano: eles o acompanham ao calvário da vergonha.
Os
rostos do passado estão no caminho. Vozes berram seus crimes
enquanto você passa:
-
Você negligenciou seu pai e eu!
-
Você deixou o vício roubar sua juventude!
-
Você prometeu que voltaria!
Logo
você é crucificado na cruz de seus erros. Erros idiotas. O que você
vê? Morte. O que você sente? Vergonha. O que você ouve?
Ah,
essa é a pergunta. O que você ouve? Você consegue escutar Jesus no
meio de seus acusadores? Ele garante: "Hoje você estará comigo
no paraíso."
Hoje.
Este é o dia. No meio desse dia angustiante, Jesus faz um milagre.
Enquanto outros crucificam seu passado, ele abre as portas para seu
futuro. Paraíso. Jesus trata com misericórdia seus dias de
vergonha.
Ele
levará sua culpa, se você lhe pedir isso. Tudo que ele espera é
que você peça. As palavras do ladrão bastam. "Nós estamos
sendo punidos com justiça, porque estamos recebendo o que os nossos
atos merecem.
-
Mas este homem não cometeu nenhum mal..."
-
Nós estamos errados. Ele está certo.
-
Nós pecamos. Ele é o Salvador.
-
Nós precisamos de graça. Jesus pode nos dar.
-
Então peça ao Senhor: "Lembra-te de mim quando entrares no teu Reino."
E
quando você pedir, aquele que falou novamente proferirá estas
palavras: "Hoje você estará comigo no paraíso."
Max Lucado
quinta-feira, 5 de novembro de 2015
As misericórdias de Deus se renovam a cada manhã
PREENCHA
SEU DIA COM A GRAÇA DO SENHOR
Ontem
você pisou na bola. falou o que não devia, pegou a rua errada,
apaixonou-se pela pessoa errada, reagiu de forma inadequada.
Falou
quando deveria ter escutado, se apressou quando deveria ter esperado,
julgou quando deveria ter confiado, entregou-se quando deveria ter
resistido.
Ontem
tudo deu errado. Mas você terá muitos outros dias como esse se
deixar os erros de ontem afetarem sua atitude de hoje. As
misericórdias de Deus se renovam a cada manhã. Receba-as.
Aprenda
uma lição com a floresta Cascade do Estado de Washington. Algumas
das árvores de lá têm mais de cem anos, ultrapassando a
expectativa de vida de cinqüenta a sessenta anos.
Uma árvore cheia
de folhas data de sete séculos atrás! O que faz a diferença?
Chuvas diárias e abundantes mantêm o chão úmido, as árvores
molhadas e os relâmpagos fracos.
Relâmpagos
afetam você também. Trovões de lamentações podem paralisá-lo e
consumi-lo.
Reaja a eles com chuvas da graça de Deus e com doses
diárias de perdão. Uma vez por ano não basta. Uma vez por mês é
insuficiente. Chuviscos só uma vez por semana deixam você seco.
Nevoeiros
esporádicos deixam-no sem energia. Você precisa se renovar todos os
dias. "Graças ao grande amor do SENHOR é que não somos
consumidos, pois as suas misericórdias são inesgotáveis.
Renovam-se cada manhã; grande é a sua fidelidade!"
(Lamentações 3:22,23).
Max Lucado – Todo
Dia é um Dia Especial
Em Deus não há sombra de variação!
MUDANÇAS SÃO PARA PESSOAS DE FÉ
Muitas vezes nós, homens, diante da tristeza,
doença, ódio, guerra, pobreza, crise e fome de toda ordem,
perguntamos: onde está Deus? E perguntamos onde Ele está,
principalmente diante de nossas lutas, e em meio as consequências de
nossos erros. Na verdade, Deus continua no mesmo lugar de sempre,
Nele não há sombra de variação. Na realidade é Deus que está
perguntando desde o Éden até os dias de hoje, onde nós estamos.
Onde está Adão?” (Gn 3.9). Foi o homem que saiu do lugar e da
posição que deveria estar e não Deus.
Percebam que após o pecado do homem Deus não
perguntou, a priori, sobre a besteira que tinha feito, ou seja, sobre
seu comportamento, mas queria saber sobre seu posicionamento diante
da vida, pois é isto que sugere a pergunta “Onde estás?”.
Diante de toda besteira que o homem tinha feito, Deus queria saber
qual a sua posição a partir de agora, se seria de reclamação e
murmuração diante de todo caos de sua vida ou de uma nova postura,
baseada nos princípios eternos de Deus que podem trazer ordem em
meio a todo caos.
A partir desta realidade, entendo que o homem de
Deus não é o que reclama a partir de suas avaliações e limitações
somente, mas é aquele que mostra com sua própria vida como é que
as coisas serão, e como os problemas irão se resolver. Deus não
precisa de uma cidade, de centenas de homens ou mulheres, nem de uma
grande igreja local, mas de um reclamante que se converteu ao outro.
Não podemos ficar ocupados com nosso próprio umbigo, mas devemos
arrepender-nos em favor do próximo, seja ele seu cônjuge, vizinho
ou estranho. Comece a restaurar sua história com seu arrependimento
e não com sua insatisfação.
O homem que espera as coisas acontecerem para
depois ir, nunca irá, e por isso elas nunca acontecerão. As coisas
só acontecem na vida de quem foi e não na vida de quem esperou que
as coisas mudassem para depois ir. No evangelho de Mc 16.17 diz: ‘os
sinais seguirão os que creem….’. É interessante perceber que
quando olhamos para a maioria dos crentes evangélicos e
simpatizantes da fé nos dias de hoje, nos parece que eles é que
estão correndo atrás dos sinais. Logo chegamos à conclusão que
gente que segue milagre é crente, mas milagre segue gente de fé,
pois o justo vive da fé. Gente de fé não fica reclamando as
circunstâncias, mas enfrenta e caminha pela fé em Jesus Cristo,
crendo que após seu passo de fé, será seguido por milagres
estruturais, pessoais, sociais etc.
Contudo, lhe dou o seguinte conselho, separe em
sua vida o que é bom do que é ruim, o que é santo do que é
profano, para que a mudança comece a partir de sua postura de fé.
Não espere o outro ou as circunstâncias mudarem para você mudar;
mostre a ele, a ela e à vida como as coisas devem ser, em vez de
reclamar como as coisas poderiam ser. Que Deus abençoe a todos!
Pr. Alyson Bezerra
quarta-feira, 28 de outubro de 2015
A verdadeira Paz existe e pode ser experimentada!
Como podemos ter Paz no Vale
A verdadeira paz existe e pode ser experimentada!
Essa paz não se encontra nas farmácias nem nos boutiques famosas.
Não está nas agências bancárias nem nas casas de shows. Essa paz
não é encontrada no fundo de uma garrafa nem numa noitada de
aventuras. Essa paz está centralizada em Deus. Ela vem do céu. É
sobrenatural. Como poderemos experimentar essa paz, ainda que
cruzando os vales da vida?
Em primeiro lugar, conhecendo o Deus e Pai de toda consolação. Deus é a fonte de todo consolo. Quando ele nos permite passar pelo vale, é para fortalecer nossa fé e nos aperfeiçoar em santidade. Quando ele nos leva para o deserto, nossas experiências tornam-se ferramentas em suas mãos para consolar outras pessoas. É Deus quem nos matricula na escola do deserto. O deserto é o ginásio de Deus, onde ele treina seus filhos e os equipa para grandes projetos. Quando somos consolados, aprendemos a ser consoladores.
Em primeiro lugar, conhecendo o Deus e Pai de toda consolação. Deus é a fonte de todo consolo. Quando ele nos permite passar pelo vale, é para fortalecer nossa fé e nos aperfeiçoar em santidade. Quando ele nos leva para o deserto, nossas experiências tornam-se ferramentas em suas mãos para consolar outras pessoas. É Deus quem nos matricula na escola do deserto. O deserto é o ginásio de Deus, onde ele treina seus filhos e os equipa para grandes projetos. Quando somos consolados, aprendemos a ser consoladores.
Alimentamo-nos da fonte consoladora e tornamo-nos
canais dessa consolação para os aflitos. Não há paz fora de Deus.
Não há descanso para a alma senão quando nos voltamos para Deus.
Não há consolo para o coração aflito fora de Deus, pois só ele é
o Deus e Pai de toda consolação, que nos consola em toda a nossa
angústia, para consolarmos outros, com a mesma consolação com que
somos consolados.
Em segundo lugar, conhecendo a Jesus, a verdadeira
paz. A paz não é ausência de problema, é confiança no meio da
tempestade. A paz é o triunfo da fé sobre a ansiedade. É a
confiança plena de que Deus está no controle da situação, mesmo
que as rédeas da nossa história não estejam em nossas mãos. A paz
não é um porto seguro aonde se chega, mas a maneira como navegamos
no mar revolto da vida. A paz não é apenas um sentimento, mas,
sobretudo, uma pessoa, uma pessoa divina. Nossa paz é Jesus. Por
meio de Cristo temos paz com Deus, pois nele fomos reconciliados com
Deus. Em Cristo nós temos a paz de Deus, a paz que excede todo o
entendimento. Paz com Deus tem a ver com relacionamento. Paz de Deus
tem a ver com sentimento.
A paz de Deus é resultado da paz com Deus. Quando
nosso relacionamento está certo com Deus, então, experimentamos a
paz de Deus. Essa paz coexiste com a dor, é misturada com as
lágrimas e sobrevive diante da morte. Essa é a paz que excede todo
o entendimento. Essa paz o mundo não conhece, não pode dar nem pode
tirar. Essa é a paz vinda do céu, a paz que emana do trono de Deus,
fruto do Espírito Santo. Você conhece essa paz? Já desfruta dessa
paz? Tem sido inundado por ela? Essa paz está à sua disposição
agora mesmo. É só entregar-se ao Senhor Jesus!
E terceiro lugar, conhecendo o Espírito Santo
como o nosso consolador. A vida é uma jornada cheia de tempestades.
É uma viagem por mares revoltos. Nessa aventura singramos as águas
turbulentas do mar da vida, cruzamos desertos tórridos, subimos
montanhas íngremes, descemos vales escuros e atravessamos pinguelas
estreitas.
São muitos os perigos, enormes as aflições,
dramáticos os problemas que enfrentamos nessa caminhada. A vida não
é indolor. Mas, nessa estrada juncada de espinhos não caminhamos
sozinhos. Temos um consolador. Jesus, nosso Redentor, morreu na cruz
pelos nossos pecados e ressuscitou para a nossa justificação.
Venceu o diabo e desbaratou o inferno. Triunfou sobre a morte e
deu-nos vitória sobre o pecado. Voltou ao céu e enviou o Espírito
Santo para estar para sempre conosco. Ele é o Espírito de Cristo,
que veio para exaltar o Filho de Deus. Ele é o Espírito da verdade,
que veio para nos ensinar e nos fazer lembrar tudo o que Cristo nos
ensinou. Ele é o outro consolador, aquele que nos refrigera a alma,
nos alegra o coração e nos faz cantar mesmo no vale do sofrimento.
O consolo não vem de dentro, vem de cima. Não vem do homem, vem de
Deus. Não vem da terra, vem do céu. Não é resultado de autoajuda,
mas da ajuda do alto!
terça-feira, 27 de outubro de 2015
A Adoração a Deus deve ser Pessoal, Interior, Espiritual e Sincera.
Não Acredito Em Templos!
Uma vez perguntaram a Jesus onde era o lugar
correto para se adorar a Deus. Quem fez essa pergunta foi uma mulher,
samaritana, que não pertencia à “religião oficial” da época.
Os judeus consideravam os samaritanos idólatras e impuros. Ela tão
pouco teria, aos olhos dos moralistas, uma vida “santa” e
“irrepreensível” para se aproximar e fazer tal questionamento ao
Senhor, pois se tratava de uma mulher que já havia passado por cinco
casamentos e o atual marido, bem… não era de fato marido dela. Um
escândalo até mesmo para os discípulos de Jesus que achavam
inapropriada aquela conversa.
A resposta de Jesus foi simples: sugerindo não se
tratar do lugar físico/geográfico. A adoração a Deus deve ser
pessoal, interior, espiritual e sincera.
A primeira coisa que salta aos olhos de quem lê o
relato completo do Novo Testamento é que Jesus quebra muitos
paradigmas, a começar por tirar da religião e do templo a
exclusividade da mediação e do relacionamento com Deus. Nossa
oração e adoração não dependem de um altar construído para
serem ouvidas. O altar, o templo, o lugar de culto é o próprio
coração.
A segunda coisa é que, diferentemente da
tendência da religião de dizer quem é puro ou não, quem é mais
especial, Deus não nos avalia por questões meramente morais ou
sociais. Foi Jesus mesmo quem disse que prostitutas e corruptos
poderiam ser mais dignos de entrar no Reino de Deus do que alguns que
se consideram exclusivamente santos, mas vivem de forma hipócrita
(Mateus 21.31).
O encontro com Deus é transformador, sim. E
radical. Mas nem por isso acontece somente nos ambientes ou dias
santificados pela igreja ou pelas religiões dos homens.
Particularmente não acredito em templos ou em religiões como
lugares e entidades sagrados em si mesmos. Acredito no Deus que não
cabe dentro das religiões, não é totalmente explicado pela razão
humana, ri dos tratados teológicos, não se detém nos limites
impostos pelas tradições vazias. Ele conversa com ateus, pagãos e
também faz amizade com quem é considerado “afastado de Deus”.
Deus é maior do que a própria Bíblia ou qualquer outro livro
sagrado. Livros são confissões humanas, limitados, mas a Palavra de
Deus é eterna e pode ser escrita até mesmo nos corações de quem
não sabe ler, de quem não tem acesso ao papel.
O Deus apresentado por (e em) Jesus é o Deus que
ama até as últimas consequências, que entende a aflição humana,
se comunica multiformemente, que se compadece ao invés de condenar.
É o Deus que tem mais prazer na reconciliação do que na condenação
e não leva em conta o tempo da ignorância.
“Misericórdia quero” é o que Deus grita
enquanto a religião vocifera “morte aos impuros”.
Vejo uma multidão esquecida, adoecendo nos
arredores da igreja. É gente que não encontrou abrigo, não foi
acolhida, foi expulsa e considerada “fora dos padrões”. Muitas
vezes projetamos no outro o santo que não conseguimos ser e dizemos
“enquanto você não se tornar como um de nós, não será aceito
em nosso meio”. Muitos, a partir desse ponto, decidem viver uma
vida apenas de aparências, sem transformação real, simplesmente
para serem “aceitos”.
Nos esquecemos que quem santifica e transforma é
Deus e não nossas imposições, arrogâncias e externalidades. É a
caminhada, o dia a dia, que vai nos tratando, curando, limpando as
feridas, trabalhando e completando a obra de Deus em nós. Não é no
tempo que queremos, mas na compreensão e confiança de que quem
opera tanto o querer como o realizar é Deus.
Neste sentido, até mesmo numa conversa de mesa de
bar, Deus pode operar com graça, curar e inflamar corações
cansados e sobrecarregados. Por que não? Os religiosos de hoje
torcerão o nariz da mesma forma como fizeram os fariseus do tempo de
Jesus, quando o acusaram de andar com pecadores. Mas Deus trabalha
sem se importar com o que falam. Enquanto uns ordenam, outros
decretam e outros ainda profetizam suas impressões puramente carnais
e humanas, o Senhor vai dando vista aos cegos e ouvidos aos surdos
que estão fora dos domínios dos templos.
Nenhuma religião é dona de Deus. Nenhum
sacerdote é detentor exclusivo da voz de Deus. Nada que não se
pareça com o amor ou com o espírito de Jesus pode ser chamado de
Evangelho ou Bíblico, ainda que dito e ordenado pelas grandes
instituições religiosas. Pense nisso!
Fonte: http://ovelhamagra.blogspot.com.br/EXPERIÊNCIAS DOLOROSAS
Luto
Drauzio Varella
A perda de um ente querido é das experiências
mais dolorosas. Nossa identidade e o senso de pertencer a um grupo
são inseparáveis daqueles que nos cercam. Quando um deles se vai,
deixa um espaço vazio na rede social que nos dá suporte, e cria
sensação de isolamento.
Estar de luto abala a integridade do psiquismo e
provoca sintomas fisiológicos que evoluem com o passar do tempo.
Finalmente, a medicina e a psicologia têm procurado estudá-los, nos
últimos anos. O The New England Journal of Medicine traz
uma revisão sobre o tema.
O luto tem uma fase aguda que envolve respostas à
separação e ao estresse. É caracterizada por saudades, sentimentos
de perda, tristeza, pensamentos e imagens da pessoa falecida. Ouvir a
voz, ver e sentir sua presença podem representar formas de
alucinações benignas, sem significado psicopatológico.
Nessa fase, costuma haver confusão a respeito da
própria identidade e do papel no ambiente social, tendência a
afastar-se das atividades habituais, desesperança e diferentes graus
de apatia. Os sintomas incluem ansiedade, disforia, raiva e
depressão, associados a alterações fisiológicas: taquicardia,
aumento da pressão arterial, da produção dos hormônios envolvidos
no estresse, distúrbios de sono e deficiência imunológica.
No período que se segue ao falecimento, aumenta o
risco de infarto do miocárdio, das cardiopatias de estresse, de
distúrbios de humor e ansiedade e do abuso de drogas lícitas ou
não.
Vem em seguida, a fase de adaptação,
caracterizada por alternâncias imprevisíveis entre aceitação e
emoções negativas. A intensidade do luto diminui gradativamente com
o passar dos meses, embora os sintomas possam retornar em momentos de
dificuldade e em ocasiões especiais – aniversários, Natal.
Pensamentos e comportamentos característicos da
falta de adaptação e desgostos da vida cotidiana podem interromper
os mecanismos adaptativos e provocar regressão à fase aguda.
Quando surgem as complicações classificadas como
“distúrbio de luto prolongado”, o quadro persiste por períodos
mais longos do que as normas sociais consideram aceitáveis e
comprometem as atividades diárias. A prevalência dessa condição
na população mundial é de 2% a 3%.
Essas porcentagens aumentam para 10% a 20% na
perda de uma parceria romântica e atinge os valores mais elevados
entre os pais que perderam filhos. A probabilidade aumenta no caso de
mortes súbitas e diminui quando a perda é de um dos pais, avós ou
amigos próximos. O grupo mais sujeito ao luto prolongado é o das
mulheres acima de 60 anos.
Estudos neuropsicológicos realizados nesses casos
revelam anormalidades nos neurônios conectados ao sistema de
recompensa, à memória autobiográfica e nas redes que regulam as
emoções e as funções neurocognitivas.
As complicações do luto estão associadas a
distúrbios do sono, abuso de drogas, ideações suicidas, depressão
da imunidade, doenças cardiovasculares e dificuldade para seguir
tratamentos de outros problemas de saúde, como hipertensão ou
diabetes.
A característica principal é a tristeza profunda
e prolongada, acompanhada de pensamentos insistentes ou imagens da
pessoa falecida, raiva, sentimento de culpa, descrédito e
inadequação para aceitar a realidade. Enquanto alguns procuram
evitar situações que lhes tragam a lembrança da perda, há os que
se apegam às roupas e objetos da pessoa que se foi.
Frustrados por não conseguir ajudar, amigos e
parentes se afastam, aumentando a sensação de isolamento e a crença
de que a felicidade só era possível na companhia do ente querido,
que não está mais neste mundo.
O tratamento de escolha é a psicoterapia, de
preferência conduzida por especialistas em lidar com situações de
luto, profissionais difíceis de encontrar. O objetivo da terapia é
restaurar a autoconfiança, o entusiasmo para planejar o futuro e
ajudar a pensar na morte sem evocar culpa, revolta ou ansiedade.
O papel dos antidepressivos é controverso, porque
faltam estudos bem conduzidos. A maioria dos psiquiatras, no entanto,
procura prescrevê-los em conjunto com a psicoterapia. Embora
limitada, a experiência sugere que os resultados são melhores com a
associação.
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